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Estrutura e dinâmica das comunidades associadas aos hábitats subterrâneos superficiais (HSS) no carste de Pains.
Os Habitats Subterrâneos Superficiais (HSS), são ambientes de transição entre a superfície do solo e a rocha matriz, sendo formados por fragmentos e fissuras nas rochas em diferentes tamanhos, que podem conectar o meio epígeo com as cavernas. Por se tratarem de ambientes de transição, os HSSs possuem características que se assemelham das macrocavernas, e ao mesmo tempo da superfície. Assim como também podem ter presença tanto de fauna predominantemente subterrânea (incluindo troglóbios) quanto epígea. Embora tenha maior disponibilidade de recurso que as cavernas de fato, os HSSs são marcados por um forte gradiente vertical, uma vez que seu principal aporte energético deriva da decomposição de matéria orgânica vegetal da superfície. Os HSSs podem ter elevada importância para a fauna, inclusive com o aumento de mudanças climáticas, uma vez que podem servir como um ambiente de transição, permitindo que os animais se abriguem de condições pouco favoráveis da superfície, e também transitem entre diferentes ambientes subterrâneos sem precisarem necessariamente passar pelo meio epígeo. O objetivo geral do projeto é avaliar e caracterizar pela primeira vez o HSS na região tropical, levando em consideração a estrutura física e composição química do solo, além de avaliar a distribuição da comunidade em um gradiente vertical e temporal de sazonalidade. Pretende-se também, comparar se as áreas preservadas de fragmentos de mata, apresentam características e dinâmica distintas das áreas impactadas usadas para pastagem.