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Ecologia de cavernas do noroeste de Minas Gerais

Ecologia de cavernas do noroeste de Minas Gerais: subsídios para definição de áreas prioritárias para a conservação.

No noroeste de Minas Gerais foram cadastradas 120 cavernas inseridas em calcários, dolomitos e arenitos. Embora a região tenha bom potencial para ocorrência de cavernas, poucas incursões espeleológicas têm sido realizadas. As cavidades naturais aí presentes estão sujeitas a pressões como mineração, desmatamento e atividade agropecuária,  olocando em risco a preservação destes ecossistemas e tornando emergenciais o conhecimento das comunidades cavernícolas e a definição de áreas prioritárias para conservação. Além disso, cinco áreas da região foram reconhecidas pela Biodiversitas (2005) como sendo de importância biológica potencial para a conservação de invertebrados. Dentre elas, duas foram incluídas devido à existência de cavernas. Uma delas é representada pelas cavernas de Paracatu e Vazante, que têm potencial para elevada riqueza de espécies, não havendo inventários bioespeleológicos na área. Outra área é a Lapa Nova, em Vazante, enquadrada por ser muito grande com diversidade de biótopos, potencialidade de ocorrência de rica fauna de invertebrados e pela presença de uma espécie ameaçada de extinção.

Os principais impactos sobre estas cavidades são: expansão urbana, mineração e visitação. As recomendações para estas áreas incluem o levantamento bioespeleológico, a delimitação de áreas de preservação no entorno e a elaboração de um plano de manejo. Nesta perspectiva, o presente projeto tem como objetivo diagnosticar as comunidades presentes em cavernas do Noroeste de Minas Gerais e identificar as ameaças potenciais e reais incidentes nestes ambientes. Para tanto, serão obtidos dados de riqueza, diversidade, endemismos e distribuição da fauna associada a algumas cavernas da área.

Espera-se, dessa forma, subsidiar propostas de ações para a conservação nesta região,  principalmente das cavernas mais ameaçadas em decorrência da presença de espécies restritas, da perda da cobertura vegetal do entorno, da freqüência de visitação e outros impactos antrópicos.

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